Desastres naturais são eventos catastróficos que ocorrem devido a processos naturais da Terra, como fenômenos meteorológicos, geológicos e hidrológicos, e que resultam em danos significativos à vida humana, infraestrutura, meio ambiente e economia. Esses eventos podem ser imprevisíveis e, em muitos casos, devastadores, afetando a segurança e o bem-estar das populações. Embora a natureza dos desastres seja inevitável, o impacto pode ser minimizado com preparação e gestão adequadas.
Desastres naturais e falhas de energia
- Trovoadas
- Terremotos
- Deslizamento de terras
- Armazenamento de alimentos básicos
- Inundações
- Tsunamis
- Falhas de energia
Trovoadas

O relâmpago é uma luz que aparece subitamente no céu em tempo turbulento. É uma enorme descarga elétrica natural maciça resultante da colisão entre duas nuvens, uma com carga elétrica negativa e outra com carga elétrica positiva. A luz é seguida de um som estrondoso conhecido como “trovão”.
Juntos, o relâmpago e o trovão formam uma “trovoada”.
Os relâmpagos são geralmente inofensivos porque a maior parte das suas cargas não atinge a Terra. Em alguns casos, se for suficientemente forte, pode arrancar uma árvore, destruir uma chaminé, e até mesmo matar uma pessoa ou um animal.
Está provado que a maior parte das pessoas atingidas por um raio estavam a abrigar-se debaixo de uma árvore, e esta é a coisa mais perigosa a fazer quando há uma trovoada, porque as árvores e os e os arranha-céus são, de facto, os condutores dos raios.
Por conseguinte, os telhados dos edifícios devem ser equipados com para-raios que absorvem as cargas e dispersam-nas tranquilamente no solo, longe do edifício, e correntes metálicas que absorvem a eletricidade e desviam as suas cargas fatais para o centro da Terra.
A energia pura de um raio é capaz de destruir tudo o que se atravessar no seu caminho.
Como evitar os riscos dos relâmpagos?
Quando estiver a formar-se uma trovoada na zona onde se encontra, proceda com precaução. Procure um abrigo seguro e evite qualquer contacto com objectos metálicos ou esconder-se debaixo de árvores.
Em casa:
– Evitar tomar duche, pois as canalizações e instalações sanitárias podem conduzir a eletricidade dos relâmpagos;
– Evitar utilizar telefones com fios, exceto em caso de emergência. Os telefones sem fios e telemóveis são mais seguros para utilizar nestas condições;
– Desligue os aparelhos e equipamentos elétricos (como computadores) das fontes de energia e desligue os seus aparelhos de ar condicionado, pois a energia resultante de um raio pode causar danos graves;
Fora de casa:
– Em espaços abertos ou florestas, deve permanecer em terrenos baixos, por exemplo num local onde os arbustos crescem densamente;
– Em espaços abertos, deve encolher-se, rastejando no chão;
– Se estiveres no mar, dirija-se para a costa;
– Se estiver a conduzir uma bicicleta, mota ou semelhante, afaste-se dele;
– Se estiver a reunir-se com outras pessoas, sigam caminhos separados;
Terremotos

Os sismos são um fenómeno natural que não pode ser previsto ou evitado. No entanto, existem medidas de precaução que ajudam a minimizar as suas consequências durante e após a sua sua ocorrência.
Os terramotos são tremores de terra rápidos seguidos de abalos secundários chamados “ondas sísmicas” que se devem à quebra e deslocação de rochas no centro da Terra em resultado de efeitos geológicos que levam ao movimento das placas tectónicas.
Os terramotos podem ocorrer como resultado de vulcões ou do deslizamento das camadas da Terra.
Os sismos podem provocar a fissuração da terra, o esgotamento de nascentes ou ao aparecimento de novas nascentes. Podem também provocar elevação ou afundamento da superfície terrestre, bem como ondas altas abaixo do nível do mar (tsunami), para além dos seus efeitos devastadores em edifícios, redes de transporte e serviços públicos.
A magnitude de um terramoto é medida numa escala de 1 a 10 conhecida como a escala de Richter.
– Um terramoto com uma magnitude de 1 a 4 é considerado “pequeno, com poucos danos a pessoas e bens”;
– Um terramoto de magnitude 4 a 6 é considerado “médio” com potenciais danos potenciais em casas e edifícios;
– Os “grandes” terramotos, por outro lado, têm uma magnitude de 7 ou mais na escala de Richter e são capazes de destruir cidades ou zonas inteiras, arrasandoas ou enterrando-as no subsolo;
Durante um terremoto:
No caso de estar num edifício:
– Coloque-se debaixo da ombreira de uma porta ou agache-se debaixo de uma mesa sólida;
– Afaste-se de janelas, vidros e prateleiras, bem como de tudo o que possa cair de cima e feri-lo;
– Tenha cuidado com as fugas de gás e não acenda velas, fósforos ou qualquer outras fontes de calor durante e após o terramoto;
No caso de estar no exterior:
– Afaste-se das árvores;
– Permaneça num espaço aberto até o terramoto parar;
– Não se aproxime das passagens superiores ou inferiores;
– Afaste-se dos edifícios e das paredes exteriores;
– Afastar-se de postes de iluminação altos bem como de linhas elétricas e telefónicas;
Se estiver num automóvel:
– Assim que puder, pare em segurança;
– Afaste-se de túneis e pontes, e não saia do carro;
Em todos os casos:
– Tente manter a calma, não entre em pânico e tente ajudar as pessoas à sua volta;
– Evite ligar para os números de emergência (112) para reduzir a pressão sobre as linhas;
– Fique atento á rádio ou á televisão para se manter a par das últimas notícias e desenvolvimentos;
Após um terremoto:
– Procure os feridos para socorrê-los e prestar-lhes os primeiros socorros, ou peça ajuda chamando a Proteção Civil ou a polícia, se necessário;
– Procure os desaparecidos e verifique a situação dos seus familiares e amigos;
– Não ande descalço;
– Esteja atento a fugas de gás, água e esgotos e comunique-as;
– Verifique se há fios partidos e desligue os aparelhos elétricos das fontes de energia;
– Limpe as fugas de substâncias tóxicas;
– Fique atento ás notícias locais e siga as instruções;
– Evite utilizar o telefone;
– Verifique se o edifício não apresenta novos defeitos estruturais, tais como fissuras nas paredes, no chão, nos corrimões das varandas e nas colunas, e
comunique-os às autoridades competentes;
Em caso de necessidade de evacuação:
– Não utilize os elevadores, e saia de forma ordeira, utilizando as escadas;
– Antes de sair de casa:
– Desligue todas as luzes e aparelhos elétricos;
– Feche todas as fontes de gás e torneiras de água;
– Reúna toda a sua família;
– Pegue no seu kit previamente embalado;
– Feche a porta e assegure a sua casa;
Deslizamento de terras

Um deslizamento de terras é a deslocação de enormes torrões de terra juntamente com os seus componentes, tais como solo, rochas e árvores.
Os deslizamentos de terras ocorrem normalmente no cimo das montanhas, em zonas elevadas, nas bacias ou nos lados dos vales e em encostas. São de dois tipos: descendentes e transacionais e a presença de água não é um requisito para estas deslocações.
Ocorrem quando uma ou mais das seguintes condições são satisfeitas:
– Gravidade e presença de uma estrutura rochosa invulgar ou inclinada estrutura rochosa;
– Montanhas íngremes, especialmente declives criados pelo homem durante construção de estradas em regiões montanhosas;
– Saturação do terreno com água proveniente de chuvas fortes ou do degelo da neve, fugas de reservatórios, canais de irrigação, etc.;
– Durante ou após terramotos ou erupções vulcânicas;
– Muros muito altos que circundam desfiladeiros fluviais ou vales glaciares;
– Remoção de estratos de suporte ou subcamadas de rochas, por processos naturais ou intervenções humanas, como a escavação de túneis e extração mineira;
Precursores de deslizamentos de terras:
– Aparecimento de fissuras, saliências (entre outros sinais de desgaste)em muros de suporte;
– Inclinação para baixo, de árvores, cercas e postes de eletricidade;
– Mudanças no padrão de drenagem da água;
– Erosão ou deslocação de plantas e da camada superior do solo;
– Elevação da crosta terrestre ou da base de um talude;
– Se ocorrer alguma destas situações, deve recorrer a um engenheiro para inspecionar o terreno e solucionar o problema;
O que fazer em caso de deslizamento de terras?
– Evacue imediatamente a zona, se for seguro fazê-lo;
– Leve consigo o seu kit de emergência;
– Mantenha a calma e ouça a rádio ou a televisão para se manter a par das notícias sobre a emergência;
– Desligue o gás, a eletricidade e as fontes de água que possam causar mais danos;
– Informe os seus vizinhos;
– Tenha cuidado ao conduzir o seu automóvel;
– Se ficar preso, peça ajuda e espere pelos socorristas;
O que fazer em depois de um deslizamento de terras?
– Afaste-se da área e linhas elétricas danificadas;
– Comunique à Câmara Municipal ou às autoridades competentes os defeitos estruturais dos edifícios privados ou públicos;
– Dirija as equipas de socorro para o local onde se encontram as pessoas feridas ou presas perto das zonas sinistradas;
– Tente obter e respeitar as informações fornecidas pelas autoridades competentes antes de se instalar nas casas danificadas;
– Continue atento à televisão ou à rádio para ficar a par das últimas notícias sobre a situação de emergência;
Armazenamento de alimentos básicos

Lidar com uma emergência será, sem dúvida, muito mais fácil para si e para a sua família se abastecer regularmente de alimentos básicos.
A lista que se segue é apenas um exemplo, sabendo que deve ter em conta as suas próprias necessidades e as suas prioridades quando se abastece de alimentos.
Quanto à quantidade de provisões, depende do tamanho da sua família.
1. Água
A falta de água mata mais rápido do que a falta de comida. Todos sabemos que devemos ter sempre alguma água armazenada, mais precisamente, cerca de 1 a 1,5 litro por dia para uma pessoa, porém é muito difícil armazenar o suficiente para uma situação de emergência de longa duração. Por isso, é importante ter os materiais e o equipamento necessários para garantir água segura para beber, cozinhar e limpar depois de esgotado o abastecimento de água de emergência.
1.1) Baldes – para recolha de água de fontes seguras;
1.2) Sistema de Filtração de Água – os filtros de cerâmica são os melhores, e pode obter filtros completos, elementos sobresselentes e kits que removem tudo até ao nível do vírus, porém, deve prolongar a vida útil do seu filtro, pré-filtrando a água, passando-a primeiro por um pano/tecido/t-shirt, desta forma removendo as partículas contaminadoras de maiores dimensões;
1.3) Carvão – é possível construir um filtro de água muito eficaz colocando em camadas (de baixo para cima) carvão vegetal triturado, areia e gravilha num balde de qualidade alimentar com uma torneira instalada. A areia e a gravilha removem as partículas, enquanto o carbono do carvão vegetal absorvem quaisquer toxinas químicas que possam estar presentes na água. Uma fervura rápida matará qualquer elemento biológico (bactérias e outros organismos patogénicos) que tenham escapado á filtragem;
1.4) Cloro – é ótimo para desinfetar a água, matando vírus e bactérias presentes. Qualquer marca de cloro serve, á exceção daquelas que incluem perfumes e aditivos na composição;
1.5) Bons Caleiros e Barris para Chuva – Os telhados têm uma enorme área de superfície para apanhar a chuva, o que constitui uma fonte de água útil para emergências. Mantenha os seus caleiros limpos e em bom estado de funcionamento e tenha um barril de chuva em cada ponto de drenagem;
2. Alimentação
Estar preparado para alimentar a sua família é um aspeto fundamental de qualquer plano de preparação. Certifique-se de que dispõe sempre de um mínimo de um ano inteiro de alimentos para a sua família e de que estes satisfazem as necessidades calóricas de um estilo de vida ativo e stressante.
O seu abastecimento alimentar pode ser dividido em componentes: Uma provisão de 72 horas, uma provisão a longo prazo, e provisões “para levar” como barras energéticas, misturas instantâneas de pequeno-almoço e outros alimentos desta natureza.
Nas provisões a longo prazo, deve incluir alguns artigos que se enquadrem no domínio dos alimentos de conforto, pois serão muito úteis para preservação da saúde psicológica e emocional, principalmente em situação mais traumatizantes.
2.1) Arroz – è extremamente comum, porém essencial. Pode comprá-lo já embalado em baldes ou comprá-lo a granel e transferi-lo para baldes. O arroz armazenado corretamente tem um prazo de validade muito longo (o arroz integral conserva-se ainda mais tempo do que o arroz branco);
2.2) Leguminosas Secas – feijões, lentilhas, soja, grãos, entre outros, podem ser compradas já embaladas em grandes quantidades ou transferidas posteriormente para um contentor maior. As leguminosas são um grupo de alimentos extramente nutritivos e práticos;
2.3) Aveia – É possível obter um grande stock num formato estável a um custo muito razoável. Armazenada num recipiente de 6 litros, dá para um mês de pequenos-almoços de uma família de 4. É um alimento muito nutritivo e rico em fibras, ajudando o sistema digestivo a “trabalhar” devidamente;
2.4) Trigo – Os grãos, podem manter-se próprios para consumo até 20 anos, se estiverem corretamente armazenados e não processados, pois em forma de farinha não duram tanto tempo;
2.5) Óleos Alimentares – Se estiver dependente de alimentos liofilizados para sobreviver, saiba que a maioria deles tem um teor muito baixo de gordura. Sendo as gorduras essenciais para o bom funcionamento do organismo, nomeadamente para o sistema nervoso, as articulações e as funções cardíacas, é necessário incluí-las na dieta. A fritura é uma forma eficaz de introduzir algumas gorduras na sua alimentação, para além de conferirem algum conforto pelo seu sabor;
2.6) Manteiga de Amendoim – é um dos melhores alimentos para sobrevivência, pois é rica em gorduras e proteínas. Para muitos é um alimento de conforto, algo a que estão habituadas e que lhes dá uma sensação de normalidade e de estar em casa;
2.7) Conservas de Atum (e de outros peixes) – estes alimentos são ricos em gorduras, em particular, uma elevada concentração de ácidos gordos ómega 3. Estes são ácidos gordos essenciais que, entre outras coisas, reduzem o colesterol, reduzem a inflamação no corpo e são necessários para o bom funcionamento do cérebro. As latas de produtos de peixe são também uma ótima fonte de proteínas;
2.8) Conservas de Frutas e Legumes – para além de se conservarem por longos prazos, permitem o consumo de alimentos sazonais a qualquer momento. É obvio que estes alimentos frescos seriam mais nutritivos, porém esta solução torna-se mais prática em emergências;
2.9) Misturas para Bebidas – a água é essencial, mas algumas bebidas têm benefícios como reposição de eletrólitos, manutenção do equilíbrio do corpo durante os períodos de suor, e reposição de vitaminas como magnésio, vitamina C, entre outros, mantendo um sistema imunitário saudável. Tornar a água mais saborosa e infundi-la com vitaminas e eletrólitos é uma boa forma de garantir que a hidratação adequada e a saúde geral são mantidas, mesmo numa situação de crise;
3) Outros – Cada pessoa deve organizar o armazenamento de alimentos tendo em conta as suas necessidades específicas, por isso, é importante lembrar que na sua dispensa de emergência pode incluir produtos como grãos de café, queijo, snacks, temperos e massas. Sendo importante lembrar que alguns alimentos, apesar de terem uma prazo de validade para consumo prolongado, necessitam de ferramentas específicas para o seu consumo (ex. triturador de grãos de café, varinha mágica, forno, fogão, fervedor de água, etc.), por isso, tenha isso em conta quando faz a sua lista.
Inundações

As inundações são um fenómeno natural causado pela subida do nível dos cursos de água, consistindo no transbordamento de uma grande quantidade de água para além dos seus limites normais sobre uma terra normalmente seca. Quanto mais rápido for o fluxo de água, maiores serão as inundações e vice-versa.
As inundações são frequentemente causadas pelos seguintes fatores:
– Chuva intensa;
– Fortes trovoadas e ciclones;
– Colapso de barragens que libertam grandes quantidades de água;
– Subida súbita do nível do mar devido a chuvas fortes ou ao degelo da neve no cume das montanhas, na sequência de terramotos em terra ou no mar (tsunami) ou de uma alteração da pressão da água no fundo dos oceanos;
A maior parte das inundações são prejudiciais, porque são potencialmente nocivas para as pessoas e os bens (casas, automóveis, plantações,…), bem como para as infraestruturas públicas (edifícios, pontes, túneis, linhas telefónicas, energia elétrica…). Além disso, provocam a erosão da camada superior do solo.
Estes fenómenos causam frequentemente muitas mortes por afogamento e choques elétricos ou mesmo epidemias e doenças que tendem a propagar-se devido à potencial poluição da água. Podem também provocar graves carências alimentares, nomeadamente em zonas inacessíveis cercadas pela água, ou em consequência da submersão e destruição de culturas.
Os peritos e os centros meteorológicos podem prever as inundações através da monitorização das diferentes flutuações meteorológicas e, consequentemente, emitir avisos sobre eventuais perigos. No entanto, é imperativo que as pessoas tomem medidas de precaução individuais e coletivas para evitar consequências graves.
Uma evacuação rápida e eficaz deve estar na primeira linha dessas medidas.
Caso esteja em casa:
– Não saia, e acompanhe as notícias na rádio ou na televisão e esteja preparado para cumprir as instruções de evacuação dadas pelas autoridades (ex. proteção civil);
– Se a permanência em casa se tornar perigosa, mantenha a calma e chame as autoridades (fornecendo-lhe as informações necessárias) para pedir ajuda e evacuação imediata;
– Se possível, dirija-se a uma zona elevada, longe de cursos de água, torrentes, vales, barragens e montanhas;
No caso de estar num automóvel:
– Seja cuidadoso e cauteloso, e preste atenção aos os indicadores de inundação;
– Nunca se aventure, pois isso pode matá-lo a si e aos outros e aos outros passageiros do veículo;
– Não passe pelas barreiras de segurança; elas estão estão lá para sua própria segurança;
– Se o seu carro ficar preso numa zona onde o nível da água está a subir rapidamente, abandone-o imediatamente e desloque-se para uma zona mais elevada;
– Chame a proteção civil ou a polícia se precisar de ajuda;
Tsunamis

Um tsunami é uma série de ondas altas, poderosas e rápidas que se formam no mar ou junto à costa, e são causadas por turbulências graves abaixo da superfície da água, como terramotos, deslizamentos de terras, movimentos no fundo dos oceanos e erupções vulcânicas submarinas, para além de explosões nucleares. Podem atingir uma altura de até 30 metros e várias centenas de metros de comprimento a uma velocidade de 800 km/h .
Devido à enorme quantidade de água e à energia gerada pelo seu movimento, o tsunami tem geralmente efeitos devastadores, especialmente quando atinge a costa. A diferença entre as ondas de tsunami e as ondas normais é que o tsunami obtém a sua energia do movimento da Terra, enquanto uma onda normal é impulsionada pelo vento.
Um tsunami não pode ser evitado nem previsto com precisão, mesmo que os indicadores sísmicos mostrem a sua localização real. Neste caso, o papel dos geólogos, oceanógrafos e sismólogos limita-se a emitir avisos sobre a sua ocorrência iminente. No entanto, estão atualmente a ser desenvolvidos muitos sistemas para minimizar os efeitos dos tsunamis.
A probabilidade de um tsunami ocorrer em Portugal é considerada baixa, mas não é impossível. Portugal está situado na costa atlântica, e embora o risco de tsunamis não seja tão alto quanto em outras áreas, como no Pacífico, ainda há alguns fatores que podem gerar tsunamis na região.
Sinais de alerta para tsunami :
A súbita descida drástica da maré é um precursor de um tsunami…
– No caso de estar na praia ou junto ao mar e sentir um tremor por baixo de si, dirija-se imediatamente para uma zona mais elevada;
– Não espere que seja anunciado um alerta de tsunami;
– Dirija-se para uma zona elevada o mais rapidamente possível, porque a súbita do nível do mar resultante do recuo da linha de costa, em um quilómetro ou mais, é considerado um precursor de um tsunami;
– Não se aproxime da costa para verificar se é de um tsunami… afaste-se imediatamente;
– Se forem dadas instruções de evacuação, execute-as imediatamente;
O que fazer se for surpreendido por um tsunami:
– Dirija-se rapidamente para uma zona elevada;
– Não fique numa casa ou num edifício situado numa zona costeira baixa em caso de alerta de tsunami, porque não são seguros;
– Se não tiver tempo suficiente para se dirigir para longe da costa ou para uma zona elevada, dirija-se para um edifício protegido, onde os pisos elevados do edifícios são altos e construídos com betão armado;
– Se estiver a bordo de um barco ou navio e não tiver tempo suficiente para chegar à costa, desloque o barco para águas mais profundas;
– Se o tempo estiver turbulento, poderá ser mais seguro deixar o barco na doca e dirigir-se para uma zona elevada;
– Aguarde o sinal de “fim da emergência” e afaste-se da zona até que seja seguro;
– Não se deixe enganar pensando que o perigo diminuiu quando uma onda atingiu a costa. Um tsunami não é apenas uma onda, mas uma série de ondas que diferem em tamanho;
Falhas de energia

Uma falha de energia é uma perda de energia elétrica a curto ou longo prazo. Pode ser parcial ou total e é normalmente devido a várias razões, entre as quais:
– Avarias de emergência nas centrais elétricas;
– Falhas nas linhas elétricas, subestações ou qualquer parte do sistema de distribuição;
– Curto-circuito;
– Sobrecarga da rede elétrica;
– Erro humano ou ato malicioso;
As falhas de energia são uma ocorrência rara em Portugal, no entanto, deve estar preparado para todas as possibilidades.
Medidas a seguir em caso de ocorrência de uma falha de energia:
– Pegue no rádio e na lanterna do kit de emergência;
– Ligue o rádio para saber as últimas notícias;
– Informe as autoridades acerca das pessoas presas nos elevadores;
– Não tente resgatar alguém se não estiver devidamente treinado ou bem equipado;
– As pessoas que estão presas nos elevadores devem manter a calma, premir o botão de “aviso” e esperar que a ajuda chegue;
– Evite ligar para a Proteção Civil ou para as linhas diretas da polícia, a não ser que a situação seja de risco de vida ou se houver necessidade de uma equipa de salvamento;
– Se precisar de usar o seu carro, conduza lentamente e tenha cuidado com as outras pessoas na estrada;
– Certifique-se de que mantém os faróis ligados em todos os momentos;